terça-feira, 28 de outubro de 2008

A Capital do Inferno

Bom, mais do que lógico e óbvio vou falar sobre algo que permeia a minha mente nas últimas semanas. Aliás, permeia meu corpo todo. Calma, calma pessoas pervertidas de plantão. Eu estou falando do calor descomunal que paira sobre Campo Grande - A Capital do inferno (pelo menos é assim que eu a considero agora), pois provavelmente o andar debaixo deve estar mais fresco do que aqui.

Efeito estufa o escambal. Isso aqui está quente mesmo. Você toma um banho, fica cheiroso para ir ao trabalho e quando chega no ponto de ônibus (sim, sou pobre e daí?) já estamos suando. Ou seja, devemos gastar um pouco mais com um perfume que seja realmente bom para poder sobreviver nesta selva. O ônibus, que já não tinha uma das essências mais agradáveis que já senti, tem se tornado algo insuportável ultimamente. Hoje eu prefiro ficar em pé durante todo o percurso para pegar um ventinho que vem da janela quando o veículo acelera. Ficar sentado é um martírio, já que há anos eles aboliram as janelas inferiores.

E ainda querem que a população economize água e pense no futuro? Então devemos hidratar o corpo somente com o que considerarmos essencial nessa época? Banhos não podem nos refrescar? Capaz. Eu tomo muita água mesmo e muitos banhos também. Não estou nem aí.

Estou na torcida para que o sol
tenha pena de nós mortais,
pois se aumentar mais 1ºC...
eu juro que viro pó!



(Ouvindo: Take Over The World - PCD)

sábado, 18 de outubro de 2008

Real e Virtual

Como a vida é engraçada não é?

Todos esses meus 20 anos eu fui exatamente a mesma coisa. Poucas mudanças na minha essência e meu jeito. Raríssimas exceções onde situações extremas me fazem agir diferentemente de todo o meu histórico pessoal.

Por exemplo no campo amoroso, digamos assim. Eu sempre fui (e sou) uma pessoa muito tímida para isso. Não consigo chegar nas pessoas e falar o que sinto, o que penso e o que quero, dizer que estou a fim com muita facilidade. Aliás, dá pra contar nos dedos às vezes em que fiz isso.

Alguns amigos já até falaram/aconselharam que eu deveria ser mais impulsivo e outras coisas do gênero.

Mas vamos ao ponto que eu quero chegar.

Muitas vezes eu fico muito tempo conversando com pessoas via msn, ás vezes até evito que a coisa parta para a vida real, pois tenho medo do castelinho desmoronar. E sempre fui criticado por isso. E até concordo com os que me disseram isso. Ok!

Essa semana eu fiz o que eu já devia fazer há muito tempo. Encontrei, conversei, falei na cara dura: tô a fim de você, me beija. Pasmem. Sabe qual foi a resposta?

"Ai agora aqui não é uma boa hora. Me encontra amanhã no msn que a gente conversa sobre isso"

ahauhauhauhauhauhauhauhauhauhauauhau (é pra rir né?)

E o pior é que me garantiram que não foi um fora. Quando eu realmente resolvo tomar atitude e viver minha vida real, querem torná-la virtual.

Dá pra acreditar?

Vamos ver o que acontece né?
A vida é estranha... as pessoas ainda contribuem para que eu pense assim!

(Ouvindo: Single Ladies - Beyoncé 'nova música da foderástica')

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Palavras e Convicções

O intuito desse post não é uma correção, muito menos uma satisfação que eu queira ou deva dar. Acontece que as pessoas tem a mania de distorcer falas, palavras e, até mesmo, atitudes. Essa semana me deparei com algo muito chato. Uma pessoa que eu gosto muito veio me perguntar sobre o meu blog. Eu passei o endereço e a verdade surgiu com essa fala: "Você escreveu sobre a TVU em algum texto seu? Porque foram fazer uma pesquisa na internet e descobriram seu blog e diz que você falou mal da TV e que desprezou o estágio."

Isso caiu como uma facada nas costas pra mim. Se você, caro leitor, estiver interessado em saber o que eu escrevi vá ao post intitulado "Experiência como imprensa". Eu não falei da TVU, muito menos desprezei o meu primeiro estágio. O único ponto negativo que eu disse foi o salário, e continuo reafirmando isso. Imagine você trabalhar e em troca receber apenas R$ 180,00. É pouco, não nego que acho isso.

De resto apenas destaquei os pontos fortes que a TV me proporcionou. O aprendizado, as lutas, as amizades, etc.. Lá eu tinha uma família. Tinha porque já não trabalho mais lá. E o que mais me incomodou foi saber que me criticavam através das distorções das minha palavras, enquanto no corredor da faculdade eu encontrava a minha ex-chefinha Tânia Lobeca e falava: "que saudades da TV.... morro de vontade de voltar a trabalhar lá".

Foi ali que eu pude errar, acertar, aprender. Foram 11 meses, não é pouco tempo. Nas férias de final de ano, o único estagiário que ficou trabalhando fui eu. Eu ficaria se não gostasse? Isso é só pra provar o quanto as pessoas são facilmente contestadas. Enquanto eu estive lá... fiz o meu melhor, enquanto estudante, para fazer algo bem feito e ir ao ar. É tão gratificante você se esforçar e depois ouvir de profissionais e do chefe superior que você é bom, que tem futuro.

As amizades também foi um dos pontos mais positivos na TVU. Tânia, Lu, Rubens, Marcão, Carlos, Cleiton, Ianara. Pessoas que me ensinaram muito e me ajudou a ser quem eu sou hoje. Se hoje eu sei algo sobre telejornalismo foi lá que aprendi. Pauta, reportagem, roteiro, edição. Lá eu fiz projetos, tentei fazer algo pela empresa também.

Então, para você que entrou aqui no meu blog, leu aquele único parágrafo onde eu falava sobre a TV e fez esse estardalhaço todo... CUIDADO! Você pode até conseguir distorcer as minhas palavras, mas nunca as minha convicções.

sábado, 11 de outubro de 2008

Toda História Tem Um Final (2)

A inspiração me veio hoje. Mas não de um fato ou outro acontecimento qualquer que merecesse um espaço aqui. A inspiração se fez presente de novo por meio de mais uma literatura terminada. Estou em uma "vibe" muito louca de ler livros e tenho a sorte de encontrar apenas livros que me fascinam e me fazem querer e gostar de lê-los.

Antes deste livro do qual hoje farei um breve comentário, eu li "A menina que roubava livros". Comprei-o no aeroporto de Brasília enquanto voltava de Natal, codinome Intercom. O livro é ótimo. Não é uma leitura exatamente descomprometida. É densa e cheia de conhecimento. Eu aconselho.
Mas hoje volto a este blog para falar mais uma vez dessa saga chamada Harry Potter. Como vocês, meus fiéis leitores, sabem, eu escrevi um post sobre o sexto livro e aguardava ansioso por ler o último. Eis que ele chegou semana passada e cada tempo vago foi dedicado ao mesmo. Cheguei ao cúmulo de ler o livro no ônibus com a respiração extremamente ofegante e soltar alguns espasmos vocais conforme eu percorria o olho pelas palavras. Fique tranquilos aqueles que ainda não leram o livro, não contarei o final da história aqui.

Minhas impressões...
J. K. Rowling é uma escritora fantástica e com uma mente muito criativa e perspicaz. Poucos sabem, mas ela demorou um total de 17 anos escrevendo os livros do pequeno bruxo e sua luta contra Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado. 17 anos e 7 livros... sendo que o primeiro só foi lançado após sete anos de construção, afinal ela tinha que saber certinho o que aconteceria e como a história seria desenvolvida até o final. Aliás, se alguém já leu os livros e não percebeu: o número 7 é uma constante na vida e obra dela.

Algumas curiosidades que a própria autora revelou em um documentário que eu assisti hoje na Tv...
1- A mãe dela faleceu em 1990 quando ela ainda pensava no enredo do livro e nem imaginava que se tornaria isso tudo
2 - Dumbledore é gay, segundo a autora vários fãs ficaram irritados quando ela declarou isso
3 - Os livros acabaram, mas Rowling sabe o final de cada personagem com uma árvore genealógica... seus casamentos... seus filhos... suas profissões... ela sentiu necessidade de fazer isso porque ela mesma precisava de respostas
4 - Ela não quer mais escrever sobre O-Menino-Que-Sobreviveu ou sobre Horgwats... veremos até quando isso dura... ela já começou a escrever o que denomina um conto de fadas político... mas não tem pressa em terminar e lançar

No final do livro ainda acredito que a principal heroína de toda essa saga é a bruxinha mais inteligente de Horgwats: Hermione. Quem leu ou viu algum filme sabe... ela é foda desde o começo! Eu particularmente gostei muito do final. Só achei que deixaram uma brecha muito evidente de ligações mais profundas entre o bem e o mal... e não falaram sobre isso. Mesmo assim não prejudicou o desfecho. Não entrarei mais a fundo na história para não estragar para quem ainda não leu.... mas quem quiser conversar sobre é só me procurar...!! Aconselho e muito as pessoas se apropriarem da história do jovem bruxo marcado pela morte!

Foi o livro mais rápido que já li. Fiquei extasiado ao terminar. Que venham os filmes... e quem sabe... futuros recomeços!

Encerro o post com uma frase da autora e que, acredito eu, se encaixa pra mim...
"Eu fiz o melhor que pude com o talento que tinha"

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Papel Velho e Sem Inspiração

Busco uma inspiração para escrever. Não somente aqui no blog, mas no trabalho, no msn. Em tudo. A bendita inspiração ou ao menos um brainstorm insiste em fugir de mim e nem se quer me faz lembrar que o mesmo existe. Há duas semanas que não posto no blog e são poucas e raras às vezes que fico no msn conversando horas.

Seria um momento no qual prefiro mais os contatos interpessoais de forma direta? O tal cara-a-cara? Mesmo assim me pregam peças! A minha inspiração está censurada por mim mesmo desde o dia em que prometi to myself que não iria mais expor aqui a minha vida pessoal como fiz em um blog anterior. O porém é quando a inspiração só vem para tentar quebrar meus conceitos e se fazer presente apenas nos assuntos pessoais. O mundo já não me interessa mais como antes. Me concentro mais em mim mesmo e talvez por isso eu seja, hoje, uma bomba ambulante só esperando o ápice para o "BUM".

Esses momentos de inspiração na vida pessoal me fez escrever, mas não aqui. Me fez escrever depoimentos, mensagens SMS e outras formas de contato para os amigos que tanto gosto. Aí veio mais uma coisa pra me chatear. Essa inspiração me fez ver que meus amigos são descaradamente roubados do meu cotidiano por um antes estranho que resolve ser o novo. E eu? Sou o papel velho, sempre deixado de lado na hora da mudança. Estou lá embaixo de todas aquelas caixas com as suas lembranças. Até que o novo se torna chato e não há mais tanta graça naquilo. E a quem recorremos? Ao papel velho. Aquele lá no meio das suas lembraças.

E ele sempre tem as palavras certas. As que você o ajudou a escrever. O que muitos não percebem ao se entusiasmarem com o "novo e interessante estranho" é que por mais que o papel velho esteja ali, talvez o dia em que você procure nele as palavras, as traças já tenham feito dele apenas mais uma lembrança. Não há mais papel velho. Talvez não haverá mais eu.

Enquanto uns roubam as amizades, os outros "usurpados" fazem de tudo para manter legíveis as palavras. Quando o problema todo começa por causa da falta de contato e carinho, o remédio não é a distância.

Se divirtam com o brinquedo novo! O papel velho está aqui, sem muito o que comemorar e sem nenhuma inspiração!


(Ouvindo: Beyoncé - Stop Sign)